Querer desvendar-te:
Qual fundo falso –
Qual passagem subterrânea –
Qual sub-reptícia folia –Qual ar de marinharia
nos cantos escuros das docas.
Quais ossos do ofício.
Que carta de alforria
para as águas noturnas
que manténs cativas.Umas sombras te guardam.
Outras guardam a mim.
Sim, eu sei. Eu soube.
Detetive de restos, sou eu.
Dúplice, atesto:
as palavras se travestem.
Em rondós e epopeias.
Em veludos e bemóis.
Falta-me a palavra-chave.